Em julgamento na tarde desta quinta-feira (11) em Campinas, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) manteve as 453 demissões na LG em Taubaté - as dispensas foram em dezembro de 2015, mas estavam suspensas pela Justiça. A empresa vai ter que indenizar os ex-funcionários, no valor de quatro salários.
As demissões foram anunciadas pela empresa no último dia 4 de dezembro. Na época, a LG justificou que estava adequando a produção à demanda de mercado.
No dia 19 de dezembro, o TRT suspendeu, em caráter liminar, os cortes. Na ocasião, a Justiça pediu que a empresa comprovasse por meio de balanços patrimoniais e de resultados econômicos que teve prejuízos financeiros que justificassem as dispensas.
Na audiência desta quinta-feira, após análise dos dados financeiros, 12 desembargadores tiveram direito ao voto. Sete foram favoráveis às demissões com o pagamento da indenização, enquanto cinco se posicionaram a favor da manutenção dos postos de trabalho.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que vai recorrer da decisão solicitando a reintegração dos funcionários demitidos.
Demissões
No início de dezembro, após o anúncio das 453 demissões, o clima envolvendo trabalhadores, sindicalistas e a empresa foi de tensão. Uma greve se estendeu por 13 dias, entre 4 e 16 de dezembro. A paralisação foi marcada por confusão.
A primeira audiência de conciliação no TRT, no dia 15 de dezembro, terminou sem acordo. Na ocasião, a multinacional havia descartado qualquer possibilidade de reverter as dispensas. Enquanto não havia acordo, 46 dos 453 funcionários demitidos pediram o desligamento da empresa.
A LG demitiu cerca de 750 empregados em 2015. A unidade, que produz celulares, monitores e TVs, empregava cerca de 2 mil funcionários antes destas 453 demissões.
Fonte:http://g1.globo.com/
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